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Estamos felizes de poder compartilhar com todos vocês o vídeo de uma iniciativa internacional que envolveu a Montale. Um importante projeto internacional que aconteceu em colaboração com o Ufficio scolastico do Consulado Geral da Itália em São Paulo dirigido pela Dra. Monica Faggionato, a Fondazione Reggio Children e Pause – atelier dei sapori, em ocasião da IV Edição da Semana da Culinária Italiana promovida pelo Ministero degli Affari Esteri e Cooperazione Internazionale.

Mais do que um simples vídeo é um exemplo de uma rede de escolas unidas em um único projeto, unidas por uma maneira de construir conhecimento e por uma visão diferente do que significa ser escola.

Todas as nossas ações, a nossa maneira de agir e fazer são ditadas por uma determinada visão, por uma concepção, uma maneira de ver o mundo e assim é o fazer pedagógico. Isso nos torna únicos, fortes, diferentes.

O conceito de aprendizagem, de escola e criança que movem as ações pedagógicas da nossa escola, se referem à filosofia Reggiana baseada no pensamento de Loris Malaguzzi além do pensamento de grandes pensadores importantes como Piaget, Vygotsky e Dewey.

Desde o final dos anos 90, quando a Escola Italiana Eugenio Montale era o centro de difusão da abordagem Reggio Emilia, que a filosofia Reggiana faz parte do projeto pedagógico da Escola. Em 2000 a escola trouxe, pela primeira vez ao Brasil, a exposição sobre a filosofia acima citada, “As cem linguagens”, famosa em todo o mundo. Desde então, essa aliança continua tanto na forma de trabalhar quanto nas reuniões e nos dias de formação e discussão que a escola promove com outras  escolas, universidades e associações.

Mas, o que significa acreditar na filosofia Reggiana?

• Significa ver a criança não como um ser indefeso mas como um ser forte e competente que desde o momento em que vem ao mundo entra em contato com este e com os outros, se questiona sobre o mundo, cria as próprias hipóteses e constrói relacionamentos, conhecimento e cultura. Uma criança competente nas construções de teorias interpretativas sobre a realidade, que constrói significados, portadora e construtora de direitos.
• Significa acreditar que a criança aprende com as interações com o mundo e com os outros, que tem a sua ideia do mundo e é protagonista do próprio processo de aprendizagem.
• Significa acreditar que o adulto não é o único detentor do conhecimento, mas é o membro mais experiente do grupo e mediador do relacionamento entre a criança e o conhecimento.
• Significa acreditar que é importante que o adulto tenha uma grande capacidade de escuta  que lhe permita “ouvir” os passos do processo cognitivo do próprio aluno e que mantenha, como dizia Gianni Rodari, o ouvido “verde” que lhe permite ver e entender o mundo fora de estruturas rígidas, capaz de suspender julgamentos e preconceitos e disponível a mudanças. Uma escuta como um verbo ativo que dá sentido e significado à mensagem e que não produz respostas, mas perguntas.
• Significa acreditar que a criança é feita de cem linguagens, todas igualmente importantes porque cada um de nós lê a realidade e se expressa em uma das muitas linguagens e que a escola deve apoiar /promover/estimular todas elas.
• Significa acreditar na importância da criatividade, do espanto, da curiosidade e que são necessários para o processo de aprendizagem.
• Significa acreditar na participação na escola como local de construção de conhecimento e cultura.
• Significa acreditar no debate e na importância da autonomia e pluralidade de pensamento como uma forma de incentivar o crescimento de um adulto crítico.
• Significa investigar, estimular, ouvir, observar as ações, pensamentos e lógicas interrogativas das crianças.
• Significa projetar e construir contextos que incentivem a escuta, os relacionamentos, o espanto/a surpresa, as dúvidas, a reflexão e o aprendizado.

É nesse contexto, com o nosso desejo de ir além do conhecimento óbvio, de entrar no mundo da reflexão e da descoberta que entramos no projeto: “A cultura do Gosto/Sabor-ingredientes para uma pesquisa sobre o sabor/gosto aberto para o mundo e as suas culturas, a partir daquela da infância “, cuja proposta era colocar os valores e a cultura educacional de Reggio Emilia com as culturas das comunidade dos países envolvidos no projeto, colocando para dialogar não somente as diferentes culturas mas também o mundo dos adultos e das crianças, assim como o gosto pode fazer.
A ideia era de “abordar um dos sentidos menos estudados … o mais silencioso dos sentidos e criar um vídeo com os conceitos e sensações causados por ele”. Através de experiências e depoimentos, gravados neste vídeo que envolveu algumas escolas italianas em todo o mundo, coletamos a ideia do gosto: o que representa, o que evoca, lembra e que sensações causa/provoca.

Nos despedimos com uma parte de um poema de Loris Malaguzzi, fonte de inspiração para a nossa escola:

“A criança é feita de cem.
A criança tem cem línguas
cem mãos cem pensamentos
cem maneiras de pensar
de brincar e de falar
cem sempre cem maneiras de escutar
de surpreender de amar
cem alegrias para cantar e entender
cem mundos para descobrir
cem mundos para inventar
cem mundos para sonhar “.

Paola Capraro, Diretora Pedagógica Italiana.
Veja o vídeo abaixo!

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